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Retrospectiva: Dançar

A paixão pela cena brasileira da música eletrônica aumentou no ano em que não caímos na pista

por redação Atualizado em 1 fev 2021, 15h38 - Publicado em 29 dez 2020 00h53

A música eletrônica brasileira passava pelo seu melhor momento quando, em 2020, o coronavírus acabou com a possibilidade de passarmos uma noite dançando. A cena efervescia na esteira da luta pelos direitos individuais, no debate crescente sobre a legalização de substâncias psicodélicas em benefício da medicina, enquanto os artistas acompanhavam o ritmo com uma produção musical de altíssima qualidade.

Precisamos confessar: nós adoramos passar a noite dançando. Para nós e para todos os profissionais dessa indústria do entretenimento, o distanciamento social tem causado saudade das pistas.

2020 foi o ano de produzir mais músicas e de refletir os caminhos e as dimensões que o techno alcançou no país. E nós acompanhamos isso de perto dos artistas que mais gostamos. Confira:

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(Cabra/Divulgação)

A pista como palco

Nenhuma artista da cena brasileira de techno converge melhor o underground e o pop como L_cio. Músico erudito desde a infância, encontrou um lugar diferente para sua flauta doce na música eletrônica. Astro das pistas das festas independentes e até do Rock in Rio, ele lançou nesse ano seu novo trabalho, Algo.

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(Filipe Redondo/Fotografia)

Dançar em casa

A urgência de tocar bateu forte nos primeiros meses da quarentena, e as lives aumentaram vertiginosamente na internet. As festas independentes paulistanas pararam, mas seus criadores não deixaram de exibir talento pela internet. Nós acompanhamos algumas dessas transmissões.

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Larysss da Ayô
Larysss da Ayô (Qu4anttum/Divulgação)

A música eletrônica é negra

Assim como o rock ‘n’ roll, que teve suas origens negras apagadas quando o gênero musical se tornou um sucesso, a house music tem suas origens dentro de guetos nos Estados Unidos. Uma derivação da disco e do soul, a house hoje é um dos estilos mais lucrativos do planeta. Aqui no Brasil, alguns coletivos e artistas tentam resgatar essa identidade. Nós conversamos com eles.

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(Ghetto Kumbé/Divulgação)

O futuro vem da Colômbia

Em uma pequena viagem aos nossos vizinhos, conversamos com o trio colombiano Ghetto Khumbé, que faz música eletrônica orgânica, misturando ritmos caribenhos e africanos em uma explosão sonora que leva ao transe.

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(Jorge Alexandre/Divulgação)

Os fritos e uma porção de fritas

Pioneira do techno brasileiro e dona de uma das agendas mais disputadas do país, Eli Iwasa não só ficou sem tocar durante a pandemia, mas também não abriu sua casa noturna, o Caos. Como muitos outros empresários da noite, ela precisou se reinventar durante a reabertura da quarentena, transformando sua balada em um bar, com o público sentado – e comportado! – ouvindo seus Djs favoritos.

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(40% foda/maneiríssimo/Divulgação)

Experiências malucas com sintetizadores

Uma das mentes por trás do selo carioca 40% Foda/Maneiríssimo, Gabriel Guerra é um dos principais produtores de música eletrônica experimental da atualidade. Sem amarras eletrônicas e com muito bom humor, o produtor conversou conosco sobre música, a cena, e… Super Mario 64!

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