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Os fritos e uma porção de fritas

DJ de sucesso, Eli Iwasa fala sobre a reabertura de sua casa noturna, Caos, no formato de bar, e sobre o novo normal da música eletrônica

por Artur Tavares 20 out 2020 00h01
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(Clube Lambada/Ilustração)

uem gosta de música ainda está sofrendo com a quarentena causada pelo coronavírus. Sem vacina até o momento, se aglomerar para assistir a shows ou ir a festas de música eletrônica ainda é algo inviável. Mas, a cena é feita de pessoas, e precisa se movimentar. Não são só os músicos que vivem da música, mas também seguranças, técnicos de som, bartenders. Para não manter as casas noturnas fechadas, o mês de outubro começou com algumas tentativas de reaberturas de baladas em um formato pouco usual para quem gosta de dançar: o de bar, com as pessoas sentadas assistindo as apresentações.

Uma das principais casas noturnas do estado de São Paulo, o Caos, que fica em Campinas, foi uma das que optou por abrir como bar. Comandada pela DJ Eli Iwasa, que há 20 anos é uma grande estrela do techno, a balada está recebendo outros grandes nomes da música eletrônica em suas tardes de sábado e em algumas noites durante a semana, um deleite para os fãs que estavam assistindo seus ídolos apenas em lives pela internet. Com sua simpatia usual, Eli conversou conosco sobre esse novo normal da música eletrônica. Confira:

Pra começar, queria que você contasse um pouco da história do Caos… quando a casa abriu, como era a rotina dela antes da pandemia chegar?
Inauguramos em dezembro de 2017 como uma forma de realizar um sonho que era nosso. Já tínhamos o Club 88, que, embora seja pequeno, foi super importante para fomentar a cena de Campinas e da região, e eu já trabalhava com música aqui desde que saí de São Paulo e vim para cá, em 2006. Havia a tradição de trazer grandes atrações internacionais, mas nunca com um espaço físico real com toda a estrutura necessária de luz e de som que acreditávamos ser perfeita para receber esses nomes. O Caos nasceu dessa vontade no momento que deu, depois de cinco anos com o Club 88 rodando, para receber os DJs que sempre sonhamos aqui em Campinas.


“Quando veio a pandemia, foi um baque. Foi muito difícil lidar com tudo, passei a acompanhar com muita tristeza o que vem acontecido no Brasil e no mundo, e difícil lidar com a frustração de não poder viver e entregar todas essas coisas para nosso público”

Fomos construindo ao longo de três anos essa história, embora 2020 vá passar batido mesmo com um início de ano incrível, e acho que veio em um momento em que a cena do interior de São Paulo começou realmente a se consolidar. Porque não é um trabalho só nosso, ao mesmo tempo clubes como o Laroc e o Ame também foram inaugurados por aqui. Antes, apenas a cena do trance era forte em Campinas, porque as festas são realizadas em espaços abertos, grandes. Então vieram festas como a Tribe e a Kaballah, que mudaram um pouco disso. Mas, como não é a capital, acho que as pessoas subestimam um pouco o que acontece aqui. E, posso falar com toda a certeza que minha carreira como DJ decolou mesmo quando me mudei pra cidade.

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(Gustavo Remor/Divulgação)

Então, sempre houve esse trânsito do povo do interior para consumir entretenimento em São Paulo, e queríamos que as coisas invertessem, que as pessoas viessem para cá para conhecer o trabalho que é feito. Nós conseguimos isso com o Caos. Hoje recebemos não só pessoas da capital, mas de Minas, de Brasília, de outros estados. E, é louco porque não estamos na praia, né? Não é como em Balneário Camboriú, que as pessoas estão lá e acabam consumindo música eletrônica no Warung e em outros clubes. Aqui, as pessoas vêm exclusivamente para as festas, para se jogar.

E a sua rotina? Você já está na cena há 20 anos, uma projeção cada vez maior… imagino que era tudo muito agitado…
Venho de anos de muito trabalho. Sempre acho que cheguei onde queria chegar, mas sempre tem mais e mais. 2020 era um ano muito importante para mim tanto como DJ quanto no Caos. Estávamos com uma programação confirmada lá para frente, para o aniversário de dezembro. Quando veio a pandemia, foi um baque. Foi muito difícil lidar com tudo, passei a acompanhar com muita tristeza o que vem acontecido no Brasil e no mundo, e difícil lidar com a frustração de não poder viver e entregar todas essas coisas para nosso público. Foi um processo até começarmos a ter energia para fazer algumas coisas.

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(Jorge Alexandre/Divulgação)

Eu conversei com outras pessoas da cena que me diziam a mesma coisa, que não sabiam mais o que era ficar em casa, que tudo era rolê…
Eu vinha de uma rotina bem puxada. Nos últimos cinco anos, passei todos os finais de semana viajando. De repente, parei. No primeiro mês, aproveitei para descansar, curtir minha casa, ficar com a minha cachorra, cozinhar, ler com calma. Coisas que eu não fazia mais. Estava sempre lendo em aeroporto, avião… Foi um momento que descansei. Mas quando você percebe que você não vai sair rápido dessa situação, a água bateu na bunda.


“No primeiro mês, aproveitei para descansar, curtir minha casa, ficar com a minha cachorra, cozinhar, ler com calma. Foi um momento que descansei. Mas quando você percebe que você não vai sair rápido dessa situação, a água bateu na bunda”

Eu botei na minha cabeça que ia lidar da melhor maneira possível, mas dentro disso é uma montanha emocional. Você não tem perspectiva, não tem plano, não tem apoio do governo, não sabe o que é certo e o que é errado. Fiquei meio que lidando com tudo isso, mas, ao mesmo tempo, aproveitando para reunir as pessoas que sempre trabalharam conosco. Porque ficou muito claro na nossa cabeça que não dava pra desamparar, então nossos esforços durante esse tempo foram para manter nossa equipe, as pessoas que dependem de nós. Muitos desses profissionais são freelancers cuja renda principal era o clube, então encontramos formas de mantê-los perto. Criamos muita coisa legal nesse tempo. Tivemos que aprender a oferecer entretenimento de outra maneira, entrar de vez nesse processo de digitalização de conteúdo, que não vai parar.

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Tem sido desafiador, porque quem trabalha com entretenimento e cultura no Brasil está muito desamparado. E em todos os sentidos. No teatro, no cinema… os projetos estão sendo colocados em pausa. É complicado.

E, se pra quem toca foi um problema parar, pra você foram dois: parar e manter o clube fechado. As pessoas acham que fazer festa é fácil. Não sabem o que é pagar bartender, segurança, fazer a porta…
E nós temos uma estrutura dupla, do Caos e do Club 88. Estávamos em uma posição mais confortável do que muita gente, que permitiu que mantivéssemos os clubes pagando os aluguéis e mantendo nosso staff por perto. Mas, é complicado. Tínhamos outros planos para essas reservas, mas tudo bem, acontece. Eu, que trabalho com clubes há tantos anos, sei que às vezes as coisas acontecem de maneiras que a gente não espera.

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(Renata Wajdowicz/Divulgação)

Quem estava bookado já estava pago? Você perdeu dinheiro?
Eu tinha algumas confirmações, mas como foi uma situação que afetou todo mundo, houve uma compreensão de que precisávamos nos ajudar. Isso nunca aconteceu muito na indústria, porque cada um corre atrás dos seus interesses. Apesar de se falar muito em união e respeito, não acontece muito, porque é uma cena em que gira muito dinheiro e rolam muitos interesses próprios. Mas, quando veio a pandemia, realmente houve o diálogo de como fazer para todo mundo se ajudar nesse momento. Se antes as coisas canceladas significavam perda de dinheiro, agora consegui remarcar para 2021, ainda com uma abertura de remarcar de novo se for preciso. Mas, paguei a comissão de algumas coisas, como das agências, e isso não volta. Tem que ser pago de novo. Mas, se não é essa comissão para as agências, elas não sobrevivem.

E você pode falar um pouco sobre quem já estava fechado?
Posso, com muita tristeza [risos]. Entre os internacionais, eu tinha o Patrice Baumel, o Danny Daze, o Agents of Time. Entre os nacionais, Gabe, Illusionize, outros mais comerciais. Eram várias atrações em andamento. Mas, vai tudo para 2021.

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(Gabriel Suzuki/Divulgação)

Como foi pra você ter que parar tudo do dia pra noite? Parar de tocar, fechar a casa, não saber quando tudo vai acabar?
Foi difícil, e um exercício muito grande para controlar a ansiedade e não dar uma pirada. Lidei muito bem com ficar sozinha em casa, porque realmente me mantive isolada. Meu pai, minhas tias, boa parte da minha família está no grupo de risco. Não quis expor eles e nem a mim. Fiquei mais de quatro meses sem ver ninguém. Só via minha cachorra e o porteiro do meu prédio. Não digo que foi legal, mas que foi interessante em perceber que lido com a minha própria companhia, que tenho meus prazeres em casa. Fiz muito livestream, gravei muito sets, dei muitas entrevistas. Eu não conseguia atender jornalistas quando estava viajando. Também me conectei mais com o meu público, isso foi muito importante. Pude tirar muitos discos parados das minhas prateleiras e tocar para as pessoas. Agora, nessas últimas semanas, estava muito cansada, porque acabei exagerando um pouco em aceitar todos os convites do que eu achava legal. Mas, ao mesmo tempo, acho que foi o que me manteve sã. Eu sempre fui muito ativa, então minha preocupação maior era surtar se ficasse sem fazer nada.

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Acho que uma grande lição dessa pandemia foi para o público, que passou a procurar realmente o artista que gosta. Saiu desse ciclo de ir para o rolê, ouvir quem tá tocando ali. Era realmente ouvir o seu conteúdo…
A gente tá mais isolado do que nunca, mas, ao mesmo tempo, aproximou muito. Tive um contato bem intenso com quem acompanha meu trabalho. Eu tenho uma relação de muita proximidade com meus fãs, mas houve uma troca muito maior de mensagens. Sinto falta da energia das pessoas, de tocar para uma pista, é a coisa que mais entristeceu de parar, porque é uma avalanche de energia estar com as pessoas.

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(Renata Wajdowicz/Divulgação)

O Caos ficou fechado por seis meses antes de reabrir. Como foi a decisão de mudar totalmente o formato da casa, reabrir em formato de bar?
O Caos sempre foi balada e bar, nós fazíamos algumas coisas durante o dia antes da pandemia. Os bares de Campinas já tinham reaberto com uma capacidade de até 40% da lotação máxima, então pensamos em voltar com esse formato que já havia rolado algumas vezes. Decidimos trabalhar com uma capacidade muito menor, de apenas 15%, para garantir espaçamento entre as pessoas. A verdade é que aqui na região tem rolado muitas coisas clandestinas, e era exatamente isso que não queríamos. Nos propusemos a fazer tudo da maneira mais correta.

E como foi a recepção do público na primeira semana de abertura?
Rolou um estranhamento tanto do público quanto nosso. Teve gente que não voltou mais, porque achou que ia chegar na casa e encontrar uma pista. Nós somos muito rigorosos em manter as pessoas sentadas, e se elas se levantam os seguranças vão pedir para respeitar. Tem sido muito diferente do que é o Caos, e acho que não vamos lembrar disso com muito carinho quando olhar para trás. Mas, é o que conseguimos fazer com segurança, e é uma maneira de fortalecer quem esteve conosco nesses últimos meses. Já chamamos o Tessuto (dono da Caps Lock), que criou muito conosco; a Cashu (uma das donas da Mamba Negra) e a Valentina Luz, que também estiveram intensamente conosco nesses meses de pandemia criando coisas juntas. Não foi a mesma coisa, claro, mas é o que conseguimos fazer nesse momento.


“Teve gente que não voltou mais, porque achou que ia chegar na casa e encontrar uma pista. Nós somos muito rigorosos em manter as pessoas sentadas, e se elas se levantam os seguranças vão pedir para respeitar”

Então, na primeira noite, eu também estava ali sentada, nesse estranhamento, mas, ao mesmo tempo, estávamos super contentes de estar abertos. A equipe estava vibrando. Muita gente depende da casa, sabe? Teve esse momento de alegria de quando mundo chegou, é como um sinal de uma possível retomada. É uma experiência reaprender como funcionar, como ouvir o DJ que gostamos tanto. E, para os artistas também é diferente. O Caio T, da Gop Tun, tocou por seis horas, começou bem lento, a 80 bpm. Eu toquei rock, disco, de tudo… Então, tem coisas que são significativas.

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(Jorge Alexandre/Divulgação)

E, como público, posso te dizer que boa parte de nós também parou e repensou certos comportamentos, abusos… entender que não é só a zoeira no rolê…
Sim, que dá pra você ir para um lugar ouvir uma música legal, sentar em uma mesa e conversar a noite inteira. Muita gente me disse o quanto foi legal sentar com os amigos e não ficar gritando na orelha um do outro. É legal ouvir os DJs que gostamos fazer um som diferente, tomando um drink durante o dia. A gente não vê a hora de as coisas voltarem ao normal, mas tem que ser na hora certa.

Os fritos têm se comportado?
[Risos] Se comportam, mas os seguranças têm que ficar em cima. No começo do dia é mais tranquilo, mas começam a ficar bêbados, levantam. Mas eles sentam, é bonitinho, eles entendem.

Quem gosta de verdade tem muito amor, né? A música eletrônica é muito passional.
É uma coisa de respeito. E acho que tem essa coisa de quem está indo hoje são os clientes fiéis do espaço, e os fãs fiéis dos DJs. Eles entendem esse momento como uma maneira de apoiar essas iniciativas. Porque ninguém queria estar vivendo isso. É esse o espírito.

Com as festas fechadas, se beneficia quem tem uma estrutura, como o Caos, e também os fãs, que podem ver essas artistas donos de festas, sempre tão ocupados, tocando em outros lugares?
A gente percebeu a diferença que faz ter um espaço físico. O difícil de ter uma festa itinerante é sair com uma estrutura do chão. E os aluguéis dos espaços, principalmente em São Paulo, são cada vez maiores. Os donos dos espaços viram ali um nicho interessante, virou um monopólio. E, tem alvará para tirar, tem que alugar som, fazer line-up, staff, tudo isso. O que já falei para o L_cio, que acabou de lançar um live novo, e pra Cashu e pro Tessuto, é que eu me disponho a fazer parcerias para viabilizar os eventos deles de alguma maneira. É como eu posso contribuir hoje, ajudar a se recuperarem disso tudo. Até porque, no começo do retorno, acredito que as festas vão ser bem pequenas.

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“Quem está indo hoje são os clientes fiéis do espaço, e os fãs fiéis dos DJs. Eles entendem esse momento como uma maneira de apoiar essas iniciativas. Porque ninguém queria estar vivendo isso. É esse o espírito”

Na verdade, eu fui construindo uma relação muito legal com as festas independentes. Ao contrário de muitos clubes, nunca encarei as festas independentes como uma concorrência. Sempre quis mostrar o trabalho deles, trazer os DJs pra cá, falar sobre o que eles falam. Se hoje a cena brasileira é respeitada como é, inclusive internacionalmente, isso se deve muito à cena independente. É o que deu visibilidade, trouxe reconhecimento como uma cena única, inclusiva, que fala sobre questões de gênero, sexualidade. É um momento muito especial que estamos vivendo, e é a primeira vez que tivemos uma cena verdadeiramente nossa.

E, de fato, nós devemos muito a eles, porque até então… até alguns amigos meus hoje não curtem ir nos rolês independentes pela diversidade que encaram.
Aprendi muito com eles, porque sou de uma geração mais antiga. Quando comecei, não pensávamos nessas questões de como as festas têm que atuar socialmente e politicamente. O Caos tem um público bem misturado, desde os playboys até os da cena independente, mas aprendi muito observando e convivendo com essas pessoas. Quando você tem um espaço, você tem que iniciar certos diálogos, enviar certas mensagens, construir um universo em torno do seu clube. Eu me sinto… a gente lida com públicos muito diferentes dentro do mesmo espaço, e é diferente de São Paulo, que tem uma evolução em relação a muitos diálogos, tem um processo de desconstrução mais avançado. Aqui temos que lidar com questões muito básicas, com o playboy que nunca esteve numa pista com uma trans, que sempre ficou naquela bolha da classe média branca cis. A gente foi inserindo esses conteúdos dentro dos nossos eventos e lidamos com muitos choques. As pessoas nos questionavam porque colocamos as performers, porque tais DJs, por que, por quê? Porque sim! Porque tem que ter. Porque o mundo é diverso!

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(Jorge Alexandre/Divulgação)

Quem até agora não aceitou isso vai ser obrigado a aceitar, né? Porque trazer gringo agora é inviável…
Você sabe que me deu um alívio porque… a gente trabalha com grandes atrações internacionais, e o risco financeiro é sempre muito grande. Todo mundo ganha, menos o clube. As pessoas têm essa falsa impressão de que é fácil ficar rico com clube, mas só nós sabemos as dificuldades de fazer as contas fecharem quando trabalhamos com esse tipo de artista. Quando comecei a repensar a programação, tenho que admitir que me trouxe um conforto fazer só line-up nacional, que vou poder chamar todas as pessoas que eu gosto, que as pessoas realmente apoiaram os trabalhos desses artistas nesses últimos meses. Porque o público era muito mal acostumado, né? Todo mundo queria gringo, line-up de festival, DJ de 15 mil dólares. Hoje é impossível, não consigo nem pensar…

Todo mundo quer ver o Boris [Brechja], né? [risos]
[Risos] Todo mundo quer ver o Boris mas ninguém quer comprar ingresso. Fica difícil, né? Outra coisa é reeducar seu público a comprar ingresso, a valorizar as iniciativas. Porque todo mundo percebeu como fez falta. Porque não é só entretenimento. É uma cultura, uma comunidade, é o estar junto. Tenho certeza que uma das coisas que as pessoas mais sentem falta são as festas. Então, espero mesmo que a mentalidade das pessoas mude, que passem a valorizar o trabalho que é feito, os artistas que estão aqui. Como a gente subestima o valor desses momentos que a gente tem, né? Acho que vai voltar diferente.

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(Gabriel Suzuki/Divulgação)

Você imagina que as festas vão mudar de alguma maneira quando a vacina sair, ou a galera vai se jogar de vez?
Eu acho que a galera vai se jogar de vez. Bom… já tem gente se jogando, e quem nunca parou de se jogar. Mas acho que ainda vai ter muito receio de sair, sim. Até porque, a vacina vai demorar. Não vai sair todo mundo vacinado no primeiro final de semana.

Como vai ser sua primeira noite de festa quando a pandemia acabar?
Olha, sempre tive um sonho de fazer 24 horas de Caos. Então, espero que, quando pudermos fazer nossa primeira festa, que seja essa com um line-up extenso, todos os DJs que gostamos, porque é isso, quero estar com todas as pessoas que gosto na cabine e na pista. E acho que vai ser muito emocionante. Eu chorei na inauguração, chorei em várias noites do Caos. Acho que não vai ser diferente. Estou me preparando pra isso, já pensando no line-up. A gente não sabe quando, mas traz um calor no coração começar a pensar nessas coisas boas, e não só nas coisas que estão difíceis.

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(Thiago Xavier/Divulgação)
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